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Trends Psychol ; 25(4): 1653-1664, out.-dez. 2017.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-904539

ABSTRACT

Resumo As populações rurais sofrem historicamente efeitos do modelo socioeconômico pautado no latifúndio e exploração do trabalhador. Esse modelo está associado à produção de situações de vulnerabilidade psicossocial e ambiental que impactam negativamente na saúde mental. No meio rural há, portanto, certos condicionantes que são decisivos no processo saúde-doença e que devem ser considerados na produção da atenção. Este estudo teórico problematiza o cuidado em saúde mental em contextos rurais considerando o processo de determinação social da saúde e da vida, bem como os territórios concretos de existência das populações rurais. Realizou-se uma revisão da literatura nos principais bancos de dados, o que evidenciou a carência de estudos sobre a temática. Considera-se que a lógica territorial e comunitária que sustenta a Atenção Psicossocial precisa ser construída no cotidiano das equipes, visando respostas mais efetivas às necessidades de saúde mental das populações rurais, relacionadas diretamente às iniquidades que marcam a vida no campo.


Resumen Las poblaciones rurales históricamente sufren efectos del modelo socio-económico basado en el latifundio y la explotación de los trabajadores. Este modelo se asocia con la producción de vulnerabilidades psicosociales y ambientales que impactan negativamente en la salud mental. En las zonas rurales, por lo tanto, existen ciertas condiciones que son decisivas en el proceso salud-enfermedad y deben ser consideradas en la producción de la atención. Este estudio teórico se ocupa de la atención en salud mental, teniendo en cuenta los determinantes sociales de la salud y la vida, así como las condiciones concretas de existencia de las poblaciones rurales. Se realizó una revisión bibliográfica en las bases de datos, lo que demuestra la falta de estudios sobre el tema. Se considera que la lógica territorial y comunitaria que orienta la atención psicosocial debe hacer parte de la vida diaria de los equipos, buscando respuestas más eficaces a las necesidades de salud mental de las poblaciones rurales, directamente relacionadas con las desigualdades sociales que marcan la vida en el campo.


Abstract Rural populations have historically suffered the effects of a socio-economic model based on country estates and exploitation of workers. Such model is associated with the appearance of psychosocial and environmental vulnerabilities that have a negative impact on mental health. Therefore, in rural environments there are certain conditions that play a major role in the health-disease process and must be considered in health care planning. This theoretical study discusses the case of mental health care from the perspective of social determinants of health considering the concrete territories of rural populations. We conducted a literature review using relevant databases, which demonstrated a lack of studies about the chosen topic. The territorial and community logic supporting psychosocial care must be introduced in daily care services. Such process will provide more effective solutions to the mental health needs of rural populations, which are directly related to the iniquities that have shaped life in the countryside.

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